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Audiovisual e cinema são a mesma coisa?

Contar histórias com imagens tem sido uma tarefa bem antiga para nós humanos, pré histórica, por sinal. Mas, o audiovisual vem evoluindo ao passo da sociedade e tem nos permitido contar histórias com cada vez mais recursos. É muito comum quando falamos sobre audiovisual, lembrramos imediatamente de cinema. Mas, será que audiovisual e cinema são a mesma coisa?

Como tudo começou

A contação de histórias através de imagens projetadas teve início no século XVII  através da lanterna mágica. Onde o contador de história utilizava uma caixa com dois furos para a entrada e saída da luz, e através de imagens pintadas a mão em vidro as projetava nas paredes.

Foi a partir das descobertas tecnológicas que permitiu o surgimento da fotografia que começou a longa caminhada do audiovisual.

Foi a partir da evolução das câmeras obscuras que permitiu a criação das câmeras para gravar vídeos e áudios.

O CINEMA

Ah, o cinema! Quem não tem a memória afetiva de um belo filme que assistiu no cinema?! O cinema tem feito parte da nossas vidas desde 1895 quando os irmãos Lumiere projetaram pela primeira vez um filme em um café de Paris. E desde então não conseguimos mais viver sem ele. Mas, o cinema é apenas uma das vertentes do audiovisual.

audiovisual e cinema são a mesma coisa? fotografia dos irmãos lumiere reprodução da internet
reprodução da internet

Mas, o que afinal é audiovisual?

O significado de audiovisual no dicionário é: Diz-se do que se refere, a um tempo, à audição e à visão.

dicionário da lingua portuguesa

Portanto, qualquer obra que contenha em conjunto a imagem e o áudio é uma obra audiovisual.

Dentro das áreas que englobam o audiovisual existem o cinema, a fotografia, a filmagem em geral, rádio, tv e publicidade. E hoje em dia, é claro a internet! O youtube e o instagram, por exemplo, são redes sociais criadas para o compartilhamento de conteúdo audiovisual.

Por que o audiovisual faz tanto sucesso?

Nós já falamos muito por aqui que uma imagem vale mais que mil palavras, não é mesmo?!

Mas, a verdade é justamente essa! Nossa comunicação sempre foi muito visual. Mas com a internet esse consumo de comunicação audiovisual de multiplicou! É foto, é vídeo, é meme, é dancinha, é podcast, e a cada dia uma nova tendência de conteúdo audiovisual surge.

Isso sem nem entrar no mérito dos filmes e séries e os diversos canais de streamings que tem surgido a cada ano com ainda mais novidades.

O audiovisual em números

O audiovisual é uma indústria que movimenta a economia mundial. De acordo com a Unctad, em termos mundiais, a dimensão do mercado global de bens criativos expandiu-se substancialmente, duplicando de tamanho, de US$ 208 bilhões, em 2002, para US$ 509 bilhões em 2015.

Somente no Brasil o audiovisual movimenta mais de 20 bilhões de reais e gera mais de 300 mil empregos diretos e indiretos. E além de movimentar a área cultural, com os cinemas e streamings, também estimula o crescimento de diversos outros seguimentos de mercado com os conteúdos voltados ao marketing e publicidade, por exemplo.

Então, deu para entender a dimensão da potência que o audiovisual tem, além do cinema?! E os próximos anos prometem ter ainda mais novidades com as novas tecnologias sendo implementadas ao audiovisual como a realidade aumentada e os deepfakes sendo usados como recurso de dublagem, por exemplo. Mas, isso é somente a pontinha do que podemos esperar para o futuro do audiovisual. Estamos sempre atentos e em constante transformação! Sem jamais deixar de amar os clássicos e revisitar a história.

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Fotografia Vídeo

5 Mulheres pioneiras do audiovisual que você precisa conhecer!

Em homenagem ao dia internacional da mulher, 8 de março, resolvemos escrever este post saudando estas 5 mulheres pioneiras do audiovisual que abriram caminhos, romperam barreiras e fizeram história!

1. Alice Guy Blaché

Mulheres pioneiras do audiovisual - Alice Blaché
reprodução internet

Antes que alguém tivesse feito qualquer coisa, a diretora francesa Alice Guy-Blaché já estava fazendo de tudo! Atuou como diretora entre 1894 e 1922. Ela não só é a primeira diretora do cinema francês, bem como provavelmente a primeira mulher a dirigir um filme na história! E também uma das primeiras pessoas a ser reconhecida como diretora no mundo para além do gênero.

Dirigiu nada menos que cerca de 700 filmes em sua carreira, contudo Alice também produzia, escrevia e atuava em seu trabalho. Muitos de seus filmes desapareceram no tempo, mas diversos ainda podem ser vistos. Em 1922 ela se divorciou, seu estúdio foi à falência e nunca mais filmou novamente.

Muitas das técnicas desenvolvidas por ela, no entanto, até hoje são padrões essenciais para se fazer um filme. São elas: narrativa, edição, close-up, som sincronizado, efeitos especiais primitivos e colorização manual.

2. Cléo de Verberana – primeira mulher brasileira a dirigir um filme que se tem notícia

Mulheres pioneiras do audiovisual
jacyrasilveira Instagram posts (photos and videos) - Picuki.com
reprodução internet

Primeiramente, Cléo de Verberana, iniciou sua carreira como atriz, aos 22 anos, em 1931. Em seguida se tornou a primeira mulher brasileira a dirigir um filme que se tem notícia, com O Mistério do Dominó Preto. Para realizá-lo, ela e o marido, que recebera uma herança, venderam jóias bem como propriedades. Importaram equipamentos da França, e enfim montaram a produtora Épica Film. Cléo também produziu e atuou no filme.

Depois da morte de seu marido, em 1934, ela fechou sua produtora e desligou-se do cinema. Cleo de Verberena faleceu em 1972. Mas, sua investida como cineasta em 1930 fez escola, marcando a abertura de um ciclo ininterrupto da efervescente contribuição das mulheres na construção de nossa identidade fílmica brasileira.

3. Tina ModottiFotógrafa e revolucionária

Mulheres pioneiras do audiovisual Tina Modotti
reprodução internet

Nascida em uma família de operários italianos e teve de enfrentar a fome e o trabalho árduo em uma fábrica de tecidos. Depois, migrou para o USA e depois para o México.

Tina participou de algumas apresentações de teatro para a comunidade italiana da cidade e logo depois conseguiu trabalhar em alguns filmes dos primeiros anos de Hollywood.

Em meio aos artistas estadunidenses da época, Tina conheceu Robo, Roubaix de l’Abrie Richey com quem viveu, até que morresse de varíola em uma viagem ao México, em 1922.

Tina acabou chegando ao México em meio a essa tragédia pessoal, mas logo se encantou pelas cores, pelo espírito caloroso do povo mexicano e principalmente pelo engajamento com que viviam os artistas que conheceu. Foi nesse ambiente que começou a fotografar.
Posou como modelo para alguns murais de Diego Rivera. Em um deles, aparece ao lado de Frida Kahlo distribuindo armas ao povo para a luta revolucionária.

Enquanto comandava um estúdio de fotografia na Cidade do México durante a década de 1920, Modotti inspirou um grupo de amigos boêmios, pensadores e artistas revolucionários, incluindo Frida Kahlo, José Clemente Orozco e Diego Rivera.

4. Cindy Sherman – fotógrafa e ativista

Mulheres pioneiras do audiovisual Cindy Sherman
Courtesy of the artist and Metro Pictures, New York

A série inovadora de autorretratos “Untitled Film Stills”  de Cindy Sherman, ” a colocou no papel de uma donzela de Hollywood em um filme noir. A série de 1970 aponta para os estereótipos de gênero que as mulheres eram (são?) obrigadas a ser retratadas no cinema. E até hoje Cindy Sherman produz em seu trabalho críticas socio culturais de forma artística e provocativa.

Sherman aponta para os estereótipos que muitas vezes retratam as mulheres no cinema assim como oferece uma crítica sobre a saturação de imagens na mídia. Hoje, Sherman é conhecida como uma das artistas mais prolíficas de sua geração e continua a produzir trabalhos com foco na crítica cultural.

5. Adélia Sampaio – primeira mulher negra brasileira a dirigir um filme

reprodução internet – jornal Tribuna de Minas

 Filha de empregada doméstica e de origem pobre, Adélia Sampaio tornou-se, em 1984, a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no país, com o filme Amor Maldito, sobre um caso real de um embate de uma lésbica com a justiça. Que Adélia também produziu e escreveu.

O filme estreou pouco tempo depois em algumas salas de cinema de São Paulo, com alerta de censura para menores de 18 anos. Apesar de não ter tido divulgação, o longa foi um sucesso.

Em 2018 Amor Maldito foi exibido no FIM CINE o Festival internacional de Mulheres no Cinema e na Mostra Diretoras Negras no Cinema Brasileiro.

O filme inaugurou a temática lésbica no cinema brasileiro. Conta a história real de amor entre duas mulheres que pela falta de aceitação, resulta no suicídio de uma delas enquanto a outra é acusada de sua morte.

Apesar de baseado em um fato verídico, como a maioria de seus filmes, Adélia conta que na época a Embrafilme recusou seu filme dizendo que “Jamais financiaria tal aberração”.

 No auge do movimento Pornochanchada, ela enfrentou o preconceito da indústria e teve que lançar seu longa travestido pelo gênero. Devido a essa falta de apoio estatal, a produção do filme se deu através de parcerias, o que o tornou o primeiro longa metragem em estado cooperativo da época. Assim, atores e técnicos recebiam uma ajuda de custo e uma porcentagem do filme.

Um Viva a todas as mulheres do audiovisual! Que possamos ter um audiovisual mais diverso e com salários e oportunidades iguais para homens e mulheres!

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